terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Doce sonho ou um lindo pesadelo? - 6 cap.

  Entrei na sala de aula na esperança de ele estar lá, mas não estava, meu coração começou a acelerar, pensei em mil coisas que poderia ter acontecido, e de todas as coisas a única que eu não pensei era a mais provável, ele só estava atrasado. Eu sei, eu sei, sou dramática de mais, mas com tudo o que aconteceu eu só tinha motivos para estar preocupada!
  Ele se sentou atrás de mim, com um sorrisinho fofo e ao mesmo tempo irritante, mandou um bilhete em que estava escrito:
"Levei a maior dura ontem do meu pai hehe! Acho que estou de castigo pro resto da vida, mas valeu a pena, pelo menos pra mim! E pra vc, também valeu a pena?".
"Valeu! :) Com certeza estou de castigo pelo resto da vida e depois dela!"
"Então... quando iremos fazer isso de novo? Tipo... Sair sem dar pistas hehe!"
"A hora que você quiser! :3"
  Estava tudo correndo bem quando a professora de física me olhou com aquela cara de psicopata.

- Hoje decidi fazer uma coisa diferente, uma coisa que eu não costumo fazer mas sei que muitos de vocês gostam! - começou a professora. - Um jogo muito empolgante, vamos jogar QUEIMADO!

  E esse foi o meu fim, eu sou péssima em queimado. Ela só podia estar fazendo isso de propósito!
  O jogo começou e eu estava começando a ficar nervosa. Eu só tinha que desviar das bolas. Esquerda, esquerda, direita, e uma bolada bem na cara. A impacto foi tão forte que cheguei a desmaiar, mas não o suficiente para causar alguma sequela grave.
  Acordei na enfermaria, Dustin estava ao meu lado, segurando minha mão. Minha mãe estava do outro lado, chorando. A visão estava meio embaçada, aos poucos ia voltando ao normal. Eu tentei levantar mas me sentia pesada, com um pouco de dor.
  A enfermeira sugeriu que eu voltasse para casa, para descansar, e se caso eu piorasse, deveria ir ao médico.

  Cheguei em casa de carona da professora de Educação Física, já que ela deu a brilhante ideia do queimado. Entrei em casa caminhando de vagar, com apoio da minha mãe. Deitei no sofá porque meu quarto ficava no segundo andar, minha mãe foi preparar um chá, mas eu dormi antes que ele ficasse pronto.
  No momento em que dormir, comecei a imaginar coisas, tipo um sonho, só que diferente dos outros. Havia uma praia, com águas cristalinas, areia branquinha. Ouvia passos, e quando me virei vi Dustin, todo de branco, eu também estava de branco, num vestido longo com algumas pedrinhas brilhantes. Ele não falava nada, apenas segurou minha cintura, eu podia sentir, era estranho porque eu estava apenas sonhando, mas eu sentia sua respiração, senti sua boca encostando na minha, sentia um calor dentro de mim, sentia um estado de paz.


  Estava tudo perfeito, quando de repente o céu ficou escuro, tudo ficou frio, Dustin estava se afastando de mim, pessoas me puxavam para longe dele, essas pessoas pareciam modelos, e quando olhei para elas, eram todas as grandes modelos vencedoras e suas coroas, do meio dela veio minha mãe segurando uma coroa, a coroa da qual eu fugi. Olhei para traz e vi Dustin, com uma cara abatida, e quando minha mãe botou a coroa, a praia, Dustin, o vestido branco, aquela paz, tudo, tudo havia sumido. Era apenas eu, a coroa, e um vazio eterno dentro de mim. Aquele lindo sonho virou um pesadelo, o pesadelo no qual eu sempre sonhei. Eu sei que é tudo muito confuso, mas eu estava dividida entre o amor e a fama!

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